terça-feira, 18 de novembro de 2008

Aventuras no Rio - Parte 2

O GRITO, ZUMBIS, DRÁCULA E O PADRE CARECA!

Acho que este aí foi o título mais bizarro que eu já escrevi...


OGRITO: Humberto é um cinéfilo doido por filmes de terror. Depois de passar o dia passeando com Martha e Humberto pela cidade, visitando sebos e conhecendo o centro revitalizado do Rio, no sábado à noite assistimos o dvd do "O Grito", com Sarah Michelle Gellar (a Buffy do seriado), baseado num filme de horror japonês. Martha, que não gosta de terror, foi dormir mais cedo. E ficamos lá, eu e Humberto, vendo o filme. Bom, a sala de estar de dona Maria José à noite é assustador. Havia sombras de móveis, cantos escuros, etc, tudo para deixar alguém impressionável meio desconfiado. Eu é que não ia assistir o filme sozinha! O barato desse filme não é mostrar vísceras saltando, feridas nojentas, a tortura física. O legal é sentir a presença de alguma coisa medonha, malvada mesmo, que sai perseguindo as pessoas, grudando-se nelas como um vírus peçonhento (e de vírus eu tenho experiência!), onde quer que estejam. E o fantasma do filme é assim. Uma coisa muuuuito malvada. Gostei! E se quiserem saber mais sobre o filme, tem uma crítica detalhada no site Boca do Inferno: http://www.bocadoinferno.com/romepeige/grudge.html


ZUMBIS: tem zumbis no Rio! Eu postei há algum tempo um convite pra Zumbi Walk paulista e não é que tem uma versão carioca do evento? No domingo, dia 2 de novembro, lá fomos, eu e Martha Argel, candidamente vestidas de turistas paulistas, para a frente do Copacabana Palace. Logo dezenas de garotos a caráter começaram a chegar. Até a estátua do Ibrahim Sued, na frente do Copa, entrou na dança, pois os meninos haviam colocado um espelhinho na mão do coitado, e o estavam usando pra dar um toque final de horripilância na maquiagem.
O números dos mortos-vivos aumentou e o barato da vez era "atacar" ônibus e vans cheios de turistas na avenida, grudando os rostos nos vidros e gritando "ceeeeeeerebrooooooo". Alguns ocupantes dos veículos reagiam com bom-humor, outros, com cara de poucos amigos, aceleravam e iam embora, quase atropelando os zumbis. Pô, depois dizem que carioca é só bom-humor... Afinal, algum zumbi poderia sair machucado. Mas acho que eles não iam ligar muito.
Após algum tempo, os mortos-vivos, que já eram uns 300, saíram se arrastando e gemendo pelo calçadão de Copacabana, brincando com os passantes, parando os carros e as bicicletas, tomando de assalto os quiosques e chamando a atenção da galera bronzeada.
Foi uma tarde legal, a garotada brincou e se divertiu num Carnaval extemporâneo. E eu e Martha, na sombra, observando tudo! Vejam na foto, onde estávamos... O efeito especial (o círculo verde sob as árvores) é da autoria da Martha, que teve paciência para nos achar na foto.


DRÁCULA E O PADRE CARECA: esse filme existe mesmo. No domingo à noite, assistimos esse trash-terror B da Hammer, cujo nome oficial é "Dracula Has Risen from the Grave" com Christopher Lee vivendo (ou mortivivendo) mais uma vez o personagem que o tornou famoso: Conde Drácula. Não sei o nome em português, este aí em cima é o apelido que Humberto deu ao filme, pois o tal padre careca é um personagem bizarro, que faz as vezes do Reinfeld, tornando-se um comparsa do Drácula, mas assaltado por remorsos. Afinal, ajudar um vampiro não é coisa que um padre faça, não é mesmo?
As vizinhas biólogas do Humberto, Vivi e a sua irmã Sabrina apareceram para assistir o filme conosco. Elas são lindas e super bem-humoradas, duas cariocas bronzeadas com loirice natural de fazer inveja às muitas alemãzinhas na praia de Copacabana. Martha, de novo, se retirou à meia-noite. Ando desconfiada que ela vira morceguinha e bate as asas para sugar sangue de verdade enquanto nós, otários, ficamos nos divertindo com vampiros de ficção... rsrsrs
Mesmo com a deserção da Martha, fiquei lá, cercada de biólogos por todos os lados, assistindo o tal do padre careca. O filme é engraçadíssimo, rimos muito das interpretações do mocinho (o açougueiro da cidade... pode?) e da mocinha, o prato principal do vampirão. E as crises de consciência do padre, então, são hilariantes! Vocês precisam ver para crer... Mas o Drácula de Christopher Lee é bárbaro! Apesar da qualidade discutível do filme, ele não perde a pose e desfila, elegante, com os seus caninos e a capa.

E A VOLTA!

Bom, voltei na segunda feira, já com saudades do meu consorte. E o vírus... Eu trouxe de volta! Ele continua feliz e satisfeito, ainda comigo. Passei da virose para sinusite e depois para rinite. E sabe-se lá mais o quê vou pegar na cola desse vírus maldito. Pois é, torçam pra que eu possa me livrar logo dele, ok?

Beigiunhos!

6 comentários:

Martha Argel disse...

ah, foi engraçadíssimo ver aquele monte de morto-vivo sob o sol escaldante de Copacabana, emoldurados pelo céu azul, montanhas e o mar chuá-chuá... o que eu mais gostei foi a hora em que eles sairam "tapiocaaaaa, tapiocaaaaa" e cercaram o pobre do vendedor em seu carrinho!

Anônimo disse...

ahhahha Então, eu fui na Zombie Walk SP. Tava uma chuva... a maquiagem dos emos e o sangue falso escorreu, a calçada ficou uma coisa. Mas estava uma superprodução, bem melhor que muito filme, hehe. Vou te mandar umas fotos por e-mail. Bjo - Nati

Anônimo disse...

Que deliciosa sua aventura do Rio. Giulia!!! Adorei essas histórias!


Beijos,
Lu

Giulia Moon disse...

Martha, foi muito legal ficar com vcs no Rio. Tks a lot!

Nati, vc havia me dito que o seu love gosta de zumbis, por isso já imaginava que vc ia lá... rsrsrs
Cadê as fotos, hein?

Lu, que bom que gostou!

Beigius geraes!!!!

Mario Carneiro Jr. disse...

Relatos divertidíssimos, Giulia Lua! Só teve uma coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha... a Martha não gosta de terror? Estamos falando da Martha Argel, certo? Como assim, uma excelente escritora de terror como ela, não gosta de terror? Não entendi! Hauhaua. Abraços, até mais (espero que esse vírus maldito já tenha sumido da sua vida).

Giulia Moon disse...

Martha não gosta de filmes de terror, é vero! rsrsrsrsrs
Pra vc ver que tem algo mais do que ser fã de algo pra ser bom nisso!
Beigiucas, Spino!