quinta-feira, 31 de março de 2011

Evento bacana de Star Trek!

Oi, crianças!

No dia 10 de abril, rola um aniversário legal: 13 anos de F.F.E.S.P. – FEDERAÇÃO DA FROTA ESTELAR DE SÃO PAULO. E, vocês sabem, eu tenho uma afinidade especial com o número 13.

Lá estará Adriano Siqueira e outros escritores de Literatura Fantástica, para conversar com o público e promover os seus trabalhos

Haverá atrações especiais como exibição de episódios dos seriados trekkers, dança, artes marciais, premiações e muito mais. Confira no site do evento: http://www.ffesp.com.br/portal/33o-confederacao-ffesp.html



Bom, esse moço de orelhas pontudas é o meu personagem preferido do Jornada nas Estrelas/Star Trek. E você, qual é o seu?

Ah, é sempre bom ressaltar que o evento tem um aspecto social muito bacana: ajudar as instituições carentes com doações de alimentos não perecíveis. Levem a sua doação, trekkers e vamps!

33ª Confederação F.F.E.S.P.
10/04/2011, domingo, das 10:00 as 18:00. Entrada FRANCA
Local: Rua Tamandaré, 348 - Liberdade - São Paulo
Auditório Domingos Galante Junior, próx. a Estação São Joaquim

segunda-feira, 14 de março de 2011

Doações para vítimas do terremoto no Japão

As associações da colônia japonesa, aqui de São Paulo, estão se movimentando para arrecadar fundos para ajudar as vítimas.

Como o Japão fica no outro lado do mundo, o envio de alimentos e roupas é muito caro. Por isso, a melhor forma de ajudar é através de doações em dinheiro. Segundo os organizadores, qualquer quantia, mesmo pequena, servirá de grande ajuda para as vítimas. Por isso, não se acanhe, ajude!

Leia as reportagens no G1 , no Folha.com (1) e Folha.com (2)

Aqui, os dados para as doações:

BUNKYO
CNPJ: 61.511.127/0001-60
Banco Bradesco: agência 0131-7, conta corrente número 112959-7
Banco Santander: agência 4551, conta corrente número
Informações por e-mail (contato@bunkyo.org.br) ou pelo telefone 0xx11- 3208-1755

Campanha SOS Japão - Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil
Banco do Brasil
Agência: 1196-7
Conta corrente: 29921-9
CNPJ - 46.568.895/0001-66

Miyagui Kenjikai do Brasil
Rua Fagundes, 152, Liberdade
Horário de funcionamento: 9h às17h

Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
Rua São Joaquim, 381 (térreo), Liberdade
Horário de funcionamento: 9h às 17h30
Bradesco
Agência: 0131-7
Conta corrente: 112959-7
CNPJ: 61.511.127/0001-60

Beneficência Nipo-Brasileira
Bradesco
Agência: 0131-7
Conta corrente: 131.000-3
CNPJ: 60.992.427/0001-45

CRUZ VERMELHA BRASILEIRA
Bradesco
Agência 1.787
Conta Corrente: 40.000-9

E, no âmbito internacional, vale reforçar a iniciativa do j-rocker GACKT, que lançou o movimento SHOW YOUR HEART. As doações do exterior estão sendo encaminhadas para a Cruz Vermelha Japonesa.

Conheça no site os artistas japoneses que participam dessa campanha: http://static.hangame.co.jp/hangame/extra/showyourheart/index.html

domingo, 13 de março de 2011

Pensando no Japão


Foto: O Globo

Depois das notícias estarrecedoras sobre o terremoto no Japão, tenho acompanhado os noticiários com muita tensão.

Além de ser o país do meu pai, dos meus avós, o Japão adquiriu um grande significado para mim nos últimos anos, pois foi falando de tengus, de nekomatas, de samurais e de cortesãs, que pude chegar a tantos leitores e amigos que têm me acompanhado nos últimos dois anos, depois do lançamento de “Kaori: Perfume de Vampira”.

E agora, enquanto mergulho num novo livro de Kaori, do qual estou escrevendo os últimos capítulos, estou vendo a terra que o inspirou em cenas impressionantes na TV. É muito triste.

Imagino os templos milenares, as antigas florestas com suas árvores preservadas com tanto cuidado por gerações de japoneses, as pequenas estatuetas de Buda que permaneceram nas trilhas das montanhas por tanto tempo, em meio a esse lama.

Imagino os youkais, onis, obakes e todas as criaturas da fascinante mitologia japonesa assistindo, tristes, à passagem daquelas águas muito mais assustadoras do que eles próprios.

Imagino os grandes samurais do passado, cheios de argúcia e coragem, estarrecidos com o estrondo da explosão em Fukushima.

Imagino Inuyasha, Kimba, Kitarou, os Gundams, tantos personagens de mangás e animes que fizeram parte de nossas vidas, impotentes, as armas abaixadas, cheios de tristeza por nada poderem fazer.

Porque tantas coisas do Japão têm exercido uma grande influência em muitos aspectos de nossa vida, porque a cultura japonesa está presente em quase tudo à nossa volta, somos presos de profunda melancolia ao vermos as cenas do terremoto. Pois, além da tristeza pelos mortos, cujos números continuam a aumentar, há um medo latente de que o Japão, como nós conhecemos e admiramos, deixe de ser o que é.

Porque, se isto acontecer, não serão apenas os japoneses que sofrerão essa perda. O mundo também perderá coisas importantes, especiais. Acho que não é preciso ser um descendente de japoneses para se sentir assim. Acho que muitos de vocês sentem o mesmo.

No entanto, os templos milenares no Japão são totalmente reconstruídos de tempos em tempos com os mesmos materiais, técnicas, rituais, para o mesmo fim. Nada do que vemos nesses lugares são verdadeiramente antigos – a não ser o espírito do povo que o idealizou.

Os japoneses sempre tiveram consciência da efemeridade do mundo material. O povo Japonês continuou persistindo durante tanto tempo em manter a sua cultura, o seu espírito, a sua maneira de ser e agir, porque abdicou, no passado, da ideia de permanência física de suas manifestações. O que importa não é o objeto, o templo, o castelo. Mas a ideia, o espírito contido neles. E, este, enquanto existir um japonês vivo, continuará a existir, voltando sempre a se materializar na eternidade desse movimento de renascimento e morte.

Imagino que o povo japonês, agora, esteja, é claro, chorando pelos seus mortos. Lamentando-se pela fome, pelo frio, pela falta de recursos acarretada pela catástrofe. Que esteja angustiado com o futuro do seu país.

Mas, acima de tudo, acredito que o seu sentimento mais forte, neste momento, é o de fazer aquilo que sempre fez, desde épocas remotas: refazer. Trazer de volta a este mundo físico o espírito contido em cada pequeno objeto levado pelas águas ou soterrado pela terra.

Porque enquanto cada indivíduo mantiver vivo na sua mente o espírito da terra, do povo e do que o faz diferente e único, ele será eterno.

E, talvez, isto seja uma lição que este terremoto tenha vindo ensinar. Não apenas para os japoneses, mas para nós, do resto do mundo.


***
P.S.: O meu j-rocker preferido, GACKT, acaba de lançar um site para arrecadar doação para as vítimas das enchentes, o SHOW YOUR HEART, com a adesão de vários outros artistas.